quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Igreja Vista Como Uma Organização Organizada E Administrada Em Departamentos


IV – Aspectos Práticos E Metodológicos De Administração Da Igreja, Coerentes Com A Sã Doutrina


A Igreja Vista Como Uma Organização
 Organizada E Administrada Em Departamentos






Tese:
Como já dissemos acima, Deus não é contra organização e planejamento, muito ao contrário, nos ordena que O sirvamos com decência, ordem, e sabia previdência. O que Deus não tolera é mundanismo e apostasia, revelados nas arrogantes pretensões centradas no homem, que ousam não só ultrapassar os limites impostos por Deus, como tentam reinventar a Igreja, segundo os padrões e moda do mundo .
 

Este estudo espelha a realidade de como nós trabalhamos na Igreja Batista Regular Emanuel em Fortaleza. Como Pastor, baseio esta forma de administração em Efésios capítulo 4, e acredito, que é claramente respaldada pela Bíblia. Já está em prática há vários anos, e tenho visto Deus fazer a Igreja se tornar progressivamente, forte, sadia e crescente, isto na dependência total da soberania de Deus, pregando toda a sã doutrina, sem diluí-la ou suavizá-la, e sem mundanizar a Igreja, através de música contemporânea (shows, bateria, palmas, danças, etc...), envolvimentos ecumênicos, sinais e milagres pentecostais carismáticos, 
 psicologismo, e/ou mercantilismo marketeiro. Quando falo de alvos, não estou falando do que sou capaz de fazer e que vou fazer, mas daquelas coisas que Deus manda fazer, e que creio que se agir da maneira que agrada a Ele, Ele fará cada alvo ser atingido conforme a sua vontade. (Pr. José Laérton)


A Igreja vista como um organismo composto de membros com funções (dons) e necessidades diversas requer umaorganização e administração voltadas para maneiras criativas que possibilitem  a expressão destas funções, bem como criar mecanismos onde  cada necessidades daquele corpo de crentes possa ser suprida por eles mesmos e almas perdidas possam ter uma oportunidade válida de conhecer o plano de salvação.

A criação de departamentos específicos na Igreja,
 voltadas para dar oportunidade a cada crente exercer um tipo eficiente de ministério conforme seus talentos é uma forma dinâmica, bíblica e comprovada, de por toda a Igreja para funcionar emministérios significativos, disciplinadores e restauradores, que, de fato, glorificam a Deus prioritariamente, e como conseqüência, suprem todas as  necessidade do corpo, e ao mesmo tempo  criam um senso  sadio  de realização pessoal no serviço sagrado, quanto a vocação de cada crente diante de Deus. Melhor de tudo, é que Deus é grandemente glorificado através de um crescente número de almas salvas e acompanhadas e edificadas no discipulado num discipulado sério, que só larga o novo na fé, quando ele for maduro e capaz de se reproduzir espiritual.

à    Neste estudo pretendemos demonstrar o que temos afirmado acima.

Introdução:  Qual A Necessidade Da Organização Da Igreja Em Departamentos 
# Analisemos
 vários aspectos desta necessidade:

1)‑No Aspecto Da Prática Em Uso
 - ou seja: toda Igreja já  tem um bom    número de departamentos, que foram criados visando suprir necessidades. Por exemplo: A sociedade de senhoras ‚ uma espécie de departamento feminino visando suprir necessidades especificas das senhoras... etc...


2)‑No Aspecto Ligado As Limitações Do Ser Humano.
  
 - Não se pode esperar que um membro seja capaz (em tempo    e    dons) de

  
 fazer tudo na Igreja. Porque ‚ ciente disso    a    tendência    ‚    ficar  passivo, apoiado no fato de que há problemas mas não sou    o    único  aqui. Não é  porque está  por fazer que eu‚ que deva fazê-lo.

- Daí dizer-se: " Problema
 sem dono‚ problema de ninguém ".
       
 "dever de todos  passar a ser o dever de ninguém ".

- O uso de departamentos especifica de quem ‚ o problema e de que deve
  
 ser cobrada a solução posteriormente


3)‑No Aspecto Que Visa A Distinção E Melhor Uso Dos Dons Individuais
  
 - Para haver uma clara distinção dos dons necessários para a deificação da Igreja ‚ necessário haver uma clara distinção das necessidades daquela comunidade como corpo de Cristo.

  
 - A prioridade na criação de um departamento depende da urgência de uma necessidade da Igreja, e isso varia de Igreja para Igreja.

  
 - Quais as Necessidades Normais De Uma Igreja ???
aconselhamento * discipulado * beneficência * manutenção * reforma * construção * secretaria mais eficiente * melhor administração  das finanças * eventos espirituais * eventos esportivos * eventos de  lazer * eventos culturais * música * culto * segurança * recepção * introdução * publicidade (radio, jornal, tv) * evangelismo pessoal * missões * educação cristã (ebd, ebf, cursos, instituto bíblico), disciplina, treinamento de liderança, divorciados, viúvas, aposentados, adolescentes, jovens, adultos, desempregados, casais, problemas familiares, estrangeiros, profissionais, pessoas vindo das seitas...etc..

 
 - Resumimos estas necessidades da igreja com estas palavras:
  
 * Adoração (Gr. Latria)  - necessidade de HONRAR A DEUS;
  
 * Comunhão   (Gr. Koinonia) - necessidade de ESTAR JUNTO;
  
 * Ministério (Gr. Diakonia) - necessidade de SERVIR;
  
 * Testemunho (Gr. Martyria) - necessidade de SER e COMUNICAR;
  
 - Todo cristão genuíno tem estas necessidades, e se de algum modo n„o
  
 pode supri-las ficar  frustado, ap tico, ou gerando problemas


4)‑ No Aspecto No Que Diz Respeito A Motivação E A Responsabilidade Atribuída
   - Toda pessoa faz melhor o que ela gosta de fazer e sabe fazer bem.
  
 - A responsabilidade entregue a um INDIVÍDUO ou GRUPO motivado tem maior chance de ser feita e bem feita.
  
 - A responsabilidade atribuída e recebida j  ‚ um grande motivador.

5)‑No Aspecto Que Aproveita Da Boa Administração Moderna
  
 - A boa administração ‚ baseada em planejamento a curto, médio e  longo prazo;
  
 - o bom planejamento ‚ feito visando OBJETIVOS FINAIS  a serem  atingidos.
  
 - os objetivos finais são melhor atingidos quando há  indivíduos ou departamento(s) responsáveis por eles.
Os bons objetivos
 são definidos de modo concreto, exeqüível e   mensurável em termos de qualidade, quantidade, datas, custos, responsabilidade, e satisfação específica de necessidade do corpo


6) ‑No Aspecto Relacionado Ao Amadurecimento E Unidade Da Igreja
   - Uma correta organização da Igreja em departamentos estratégicos conforme as necessidades de cada Igreja possibilita:
     
 * O funcionamento harmonioso de todo o corpo (Igreja), onde cada crente adora, comunga, ministra(serve), testemunha e se sente útil, ativo, realizado;
     
 * O ambiente se torna propício para a descoberta, valorização e correto exercício dos dons espirituais.
     
 * Ocorre uma sadia mutualidade cristã, onde todos ministram uns aos outros, numa comunhão contagiante e alegre que impressiona  e atrai corretamente os perdidos para Cristo;
     
 * O amor visto e vivido torna-se a mais poderosa arma apologética (arma de defesa) da autenticidade do cristianismo daquela comunidade;
     
 * Enfim, Deus ;é  honrado, pois os resultados bíblicos o alcançados.

# Veremos a seguir o que ‚ necessário fazer para implementar departamentos estratégicos e relevantes para a Igreja:

(I) Ter Coragem Para Mudar O Estilo De Liderança:
    
Tipos De Liderança:
 
         1) Centralizada no líder   (pastor)      --> poder concentrado;
         2) Centralizada no maioria (assembléia)  --> poder descentralizado;
         3) Centralizada no grupo   (departamento)--> poder compartilhado;

 
 B) Tipos De Decisão (Quanto Aos Efeitos):
    1) Certeza --> Efeito Previsto        (gera pouco problema);
   
 2) Risco   --> Efeito Perigoso        (grande potencial p/problemas)
   
 3) Conflito -> Necessidade de Acordo  (grande potencial p/problemas)
   
 4) Incerteza -> Efeito Imprevisto  (grande potencial p/problemas)    


Estas decisões quando tomadas por um poder concentrado numa pessoa  têm um potencial muito grande para gerar insatisfação mesmo quando  acertadas, facilita arbitrariedades. Se houver   fracasso  toda responsabilidade fica nas costas de um só.

 Quando estas decisões são tomadas por um
 poder compartilhado, ou seja, um grupo de conselheiros (diretores de departamentos e    membros da diretoria oficial) chega a conclusão sobre qual a  melhor solução tomar e respaldada pela assembléia, põem em prática  tal solução. Se for um sucesso, todos se sentem realizados, se um  fracasso, ninguém tem pedras para jogar em ninguém. 


  C) O Papel Do Pastor E Diretores    De    Departamentos    Numa Liderança Compartilhada. 


  1) Papel Do Pastor -
O Pastor desempenha um   
 papel    fundamental    como    facilitador,    ou aquele que ajuda a organizar, preparar  liderança, supervisionar  motivar, aconselhar e unificar todos os departamentos num    projeto  comum de desenvolvimento da Igreja.

O Pastor precisa
 poder administrativo para coordenar estes    departamentos, sem deixar que os alvos de um entrem em choque com o de  outro departamento. Para isso dever  se reunir freqüentemente como os lideres ou diretores de departamento.

O Pastor precisa
 delegar tanto poder quanto Possível.    Inclusive delegar o direito de errar. 



  2) Papel Dos Lideres Ou Diretores De Departamentos -
O líder de grupo deve ser alguém que tenha dom de liderança, e tenha capacidade de levar o seu grupo a realizar a sua missão
 

 Deve ser alguém com
 maturidade espiritual, pronto    a    respeitar     acatar liderança superior. 

Deve fazer bom uso   
 da    comunicação    de  informações;

Deve se limitar a decidir dentro do
 poder e área    que    lhe    foram  delegados, sem criar conflitos com outros departamentos ou com    os  propósitos explícitos da Igreja. 


(Ii) Trabalhar Baseados Em Alvos Que Levam A Objetivos Finais
     
* Os
 alvos são poderosos motivadores;
* A
 verdadeira liderança sabe para onde vai, e conduz bem       que    lhe   seguem; 
* A seguir veremos um
 processo simples de tomada    de    decisões em    um  planejamento de um departamento. 4 passos simples:  

 
 1o) AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE OU PROBLEMA à Responder a pergunta:
*
 Aqui se define qualidade, quantidade, custos, tempo, etc...
 
 - O que precisamos ter, ou ser, ou corrigir ?
       
 Ex 1. Precisamos de uma casa pastoral ou
       
 Ex 2. Precisamos ser uma Igreja mais unida. ou
       
 Ex 3. Precisamos corrigir a falta de interesse dos idosos

 
 2 O) Declaração Da Missão Ou Objetivo Final à Responder a pergunta:
* Aqui se define os ALVOS que levam ao OBJETIVO FINAL.
 
 - O QUE VAMOS FAZER para TER, SER ou CORRIGIR o que PRECISAMOS:
       
 Ex 1. Construir a casa pastoral;
       
 Ex 2. Promover eventos que facilitam a comunhão;
       
 Ex 3. Criar condições deles suprirem suas carências.

 
 3 O) Estratégias Ou Métodos De Ajuda

* Aqui se define responsabilidade: Indivíduo ou Grupo?
       
 Ex 1. Criar uma Comissão Ou Departamento De Construção;
       
 Ex 2. Criar um Departamento De Lazer E Esportes;
       
 Ex 3. Criar um Departamento De Idosos.

 
 4 O) Ação, Avaliação, Comunicação (Contínuos)
* Aqui os poderes são delegados e os recursos entregues.
       
 * Tudo deve ser avaliado a luz do objetivo final.
       
 * A comunicação ‚ básica entre o líder e seu grupo, o líder e  o pastor, o líder e a Igreja.





  (Iii) A Saúde Da Igreja - Pré-Requisito Para A Saúde Departamental
        
 
 # Paradoxo: O Departamento existe para suprir necessidades e    resolver problemas da Igreja. Por outro    lado,    uma Igreja muito problemática n„o poder  por em funcionamento    harmonioso muitos departamentos. Daí ser necessários    criar    primeiro   UM ESPIRITO E ATITUDES CRISTÃS NA IGREJA, antes de    subdividi-la em departamentos.


  A) Atitudes Que Proporcionam Boa Saúde A Igreja


1) Humildade --> Criar atitude de servo, que busca    tão    somente    ser   útil ao Reino de Deus. Uma submissão inteligente no espírito  Prontidão para se deixar corrigir e exortar;  Quebrantamento Espiritual.

 
 2) Fidelidade -> Ao Senhor, à sã doutrina, à Igreja, à associação de Igrejas a que pertence.

 
 3) Motivações Corretas --> Não buscar glória ou ganhos pessoais, nem deliberadamente tentar prejudicar alguém;



  B) Preparar E Equipar Continuamente Os Líderes
      * Desafia-los para que sejam MODELOS DO REBANHO
     
 * Reuniões para ensiná-los a resolver problemas se comunicando
     
 * Valorizando cada obreiro e líder esforçado

 
 C) Resolver Os Problemas De Forma Bíblica, Transparente E Justa

       * Ensinar a Igreja o perigo terrível da politicagem e divisões carnais.

      
 * Enfatizar o valor da comunicação honesta e amorosa.


  D) Exposição Séria Da Bíblia
      
 * Um rebanho bem alimentado‚ sadio, forte, e se reproduz.

 
 E)  Um Programa Contínuo De Evangelismo E Missões









Conclusão Deste Estudo Sobre Crescimento Da Igreja


A Soberania De Deus E O Crescimento Da Igreja


         A Igreja é chamada de “Igreja de Deus, pelo menos oito vezes no Novo Testamento (RC e RA), dando claramente a entender, que Ele, é quem é o dono da Igreja e também quem determina não só os propósitos, mas também os alvos e tudo o mais que se refere à Sua Igreja. Nestes oito textos, é como se Deus advertisse solenemente:

        
 Embora eu queira que minha Igreja cresça, não autorizo a ninguém, a fazer a coisa do seu jeito. Portanto, muito cuidado líder de Igreja ! Sua criatividade, impulsividade e desejo de fazer  ”minha “ Igreja crescer não lhe dá o direito de redefinir o que eu já defini na minha Palavra e já determinei no meu Conselho Eterno

Deus não é contra a organização e planejamento, pois Ele mesmo é quem diz, que tudo deve ser feito “com decência e ordem”, e
 que aquele que vai construir uma torre ou mesmo vai a guerra, deve ter um mínimo de planejamento e previdência quanto a recursos e capacidades para levar a bom cabo o que vier iniciar. 

Todavia, dizer como, Rick Warren diz, que, assim como Jesus (Deus-Filho) determinou o seu
 público alvo e geográfico, nós, também, baseados apenas em circunstancias exteriores ou pesquisas de marketing, podemos determinar exatamente o local e o tipo de pessoas que vamos pregar, é o que Tiago  chama de “arrogantes pretensões”, definida por ele como uma coisa não de Deus, mas do maligno. Embora, alguém, possa retrucar dizendo que Tiago falava a outro contexto, ou seja que só Deus pode definir o futuro, todavia, podemos, também, aplicar este texto, à tentativa humana de fazer definições e determinações da alçada exclusiva de Deus,

Tg 4:14-15
 – “Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna.  Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”
 
 
Contrariando a isto, Rick Warren, em seu antropocentrismo antropológico, mal disfarçado através de uma atitude piedosa, que parece bíblica, pelo fato dele recheiar seu livro de versículos bíblicos, muitos deles grosseiramente arrancados do contexto.
 

Na páginas Pg 190 de seu livro, Rick Warren baseado em racionalizações e em meia verdades, tenta convencer-nos, que pelo fato de uma Igreja não conseguir alcansar todo mundo e todo tipo de pessoas, ela tem de se especializar em um determinados tipo de pessoas, que no caso dele, veremos, mais adiante, é um público alvo bem conveniente: relativamente jovens, ricos, cultos, etc... Todavia, no final da sua argumentação ele diz algo revelador: 
 saber quem você está tentando alcansar faz com que o evangelismo seja bem mais fácil” -  E é exatamente isso que as Igrejas modernas querem oferecer, “tudo mais fácil”, desde um evangelismo mais fácil, passando a uma fé mais fácil (pouco exigente no início) até uma vida cristã mais fácil, ou bem conciliada com o mundo. Este evangelismo “bem mais fácil” de Rick Warren, o entrega sem querer e revela o pragmatismo e hedonismo por traz da sua idéia  - Eis o seu argumento:“Nenhuma Igreja pode alcançar a todos. Vários tipos de Igreja são necessários. ... Deus ama a variedade. Ele criou uma infinidade de pessoas com interesses, preferências, históerias e personalidades diferentes. Alcansar estas pessoas para Cristo vai exigir uma variedade de estilos de evangelismo. ... saber quem você está tentando alcansar faz com o evangelismoseja bem mais fácil

- O que Rick Warren chama de
 evangelismo mais fácil, usando aqui apenas a música como exemplo, é aquele evangelismo que é adaptado ao gosto musical da região onde moram os frequentadoress do templo.  Por exemplo: Se a música preferida na região é música clássica e mais tradicional, sua Igreja deve adotar o mesmo estilo de música; se o gosto da região é paraheavy-metal, sertanejo, rap, reggae e samba, de se contextualizar a música da Igreja ao gosto do povo que frequenta sua Igreja. Isto é marketing mundano puro e simples. Dá certo em grande parte dos casos, fazendo  a Igreja encher (inchar), porém, quem faz isto, está conformando sua Igreja ao mundo e deixando igualmente de ser servo de Cristo. Deus ordena: “Não vos conformeis a este século [mundo]  (Rm 12:2) - Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo. (Gl 1:10)
 

O
 alvo do evangelista não é descobrir uma forma de evangelismo mais fácil ou agradável ao seu público alvo, mas que de verdade traz real glória a Deus e que cumpri de modo responsável e sábio a Grande comissão de “pregar o evangelho a toda criatura”, e não a que elegi como meu público alvo. A Igreja de Rick Warren cresce de modo estrondoso, não é porque é uma Igreja com propósito, e com alvos definidos em relação ao público e a geografia. A Igreja SaddleBack cresce de modo estonteante, é porque, em sua exaustiva pesquisa de marketing resolveu dá o que o seu público alvo quer, e pregar de modo que satisfaça a coceira dos seus ouvidos mundanos e inconversos.

A Igreja do pastor Batista (de teologia reformada),
 John MacArthur Jr., que é um fundamentalista bíblico sério e autêntico, tem uma das maiores Igrejas dos Estados Unidos, com uma assistência dominical de 10 mil pessoas, e isso, sem precisar contextualizar a Igreja ao contexto do mundo, sem eleger público alvo ou geográfico,  sem música contemporânea, sem sinais pentecostais de prodígios, milagres e maravilhas, sem mundanismo e sem negociar a alma com o maligno, para fazer sua Igreja crescer. 

Segundo o próprio McArthur, 
 sua Igreja cresceu e ainda cresce, não por causa de estratégias e metodologias humanistas, mas, porque, Deus em sua soberania a tem feito crescer, se utilizando, tão somente,  dos meios lícitos indicados por Ele em Sua completa, sempre relevante e toda suficiente palavra uma vez por todos revelada na Bíblia. 



Verdades Que Não Podemos Esquecer:


Deus de um modo geral já escolheu na eternidade os nossos alvos;
- Deus já determinou na eternidade não só que passarinho vai cair na rede do passarinheiro, como também, já determinou quem será alcançado pelo ministério particular de cada Igreja e obreiro, seja de tempo integral ou seja leigo, independentemente das estratégias e metodologias de crescimento utilizadas, não que Deus, vá se utilizar de qualquer tipo de metodologia para fazer sua Igreja crescer, mas pelo contrário, muitas vezes fará sua Igreja crescer, através de métodos que contrariam tudo o que as pesquisas de marketing poderia astuciosamente arquitetar e sugerir. Paulo expõe de modo claro e insofismável, a sua filosofia de ministério contrária a contextualizar a pregação do evangelho a cultura religiosa e de sinais. 

I Co 1:20-29
  “Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os juDeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os juDeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto juDeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
 
 
Deus é quem Escolhe e Determina o nosso alvo Geográfico
 


- Paulo de acordo com sua avaliação da Asia  tentou determiná-la como o seu alvo Geográfico, porém, foi frustrado, isto porque,  a Igreja é de Deus e não Paulo, por isso, Deus, através do Espírito Santo frustou o intento de Paulo, dizendo que o alvo de Deus para ele era a Macedonia e não a Asia (At  16:6-9).  Isso Deus fez para mostrar não somente a Paulo, mas, a qualquer obreiro, em qualquer época, que eles devem trabalhar aonde Deus soberanamente vier a determinar, e não aonde eles acharem ser o lugar mais promissor, conforme sugerido pelas pesquisas antropológicas da sociologia e psicologia de marketing.

-
 Jonas é outro exemplo, de obreiro que tentou estabelecer não só o seu público alvo, mas também o seu alvo geográfico (Jn 1:1-3), e sabemos como foi que Deus reagiu a esta atitude. Conforme as pesquisas antropológicas e marketeiras de Jonas, tudo contra indicava que ele tentasse iniciar um trabalho em nínive, porém, Deus gosta e é glorificado em contrariar as arrogantes pretensões da lógica humana. Mostrou para Jonas que o único lugar ideial para um obreiro começar um trabalho é aquele escolhido e determinado por Ele, e que só terá realmente a bênção do céu, se as estratégias e metodologias usadas, foram de verdade e não apenas enganosamente, alicerçadas no Novo Testamento.

- Contrariando a isto, Rick Warren, diz que nós devemos
 determinar nossoa alvo geográfico baseado em cuidadosa pesquisa, que no final das contas, a decisão estará carregada do subjetismo humano relacionados ao interesse particular de cada um. O interessante, sobre estes pastores que definem o seu público alvo e alvo geográfico, raramente, escolhem favelas, lugares realmente desprovidos de ajuda e amparo. Rick Warren, Bill Hibels, Ary Veloso, Armando Bispo (que copia ao pé da letra as metologias de Rick Warren e Bill Hibels), e outros de metodologias  semelhantes, têm escolhido como seu alvo geográfico, os bairros ricos das grandes capitais, e como o seu público alvo, os jovens bem-sucedidos da classe média em diante.

Deus Deus é quem Escolhe e Determina o nosso público alvo
 e o nosso alvo geográfico, e isto ele faz de modo soberano,guiando-nos atravéz de Sua Palavra, das cirscuntâncias e da compaixão para com detrerminado seguimento da raça humana, muitas vezes levando-nos para locais e ministérios que jamais sonhamos e até não queríamos, como aconteceu no caso de Jonas.

Deus honra os
 ministérios genuinamente bíblicos, onde não há preguiça para trabalhar, a sabedoria da Palavra de Deusé tornada acessível a todos através de uma exposição fiel da Bíblia, e de uma intrasigente defensa da sã doutrina, que zela, acima de tudo pela glória de Deus  pela separação, pureza e santidade da Igreja. Exemplo de Igrejas brasileiras que têm crescido fortes, sadias e coerentes com a sã doutrina: Igreja Batista Bíblica de Vitória da Conquista (Pr. Gerson Rocha e Pr. Infante); Igreja Batistas Regulares pastoreadas pelos pastores: Jonas Xavier; Emidio Viana, Tenório, Mauro Clarck; Sérgio, Marvin Fray e Ricardo; etc....



Lições Da História A Não Serem Esquecidas
Tolerar pequenos desvios teológicos conduzem a “apostasia insipiente (esse tipo de apostasia não está plenamente desenvolvida, por isso é tão difícil de ser detectada, porém como o invisível vírus da AIDS, paulatinamente acaba com as defesas imunológicas do organismo);

Começar a fazer diferença entre o que alguns chamam de “doutrinas essenciais” e “não essenciais” é uma histórica forma de abrir a porta a apostasia.

Começar agir como se
 doutrinas fossem importantes, mas prática não é tão importante, portanto, não compromete nossas posições, é mais uma forma de abrir a porta para a “apostasia insipiente”.

Um dos distintivos principais do neo-evangelicalismo, depois, do ecumenismo, é a sua tolerância e comprometedor diálogo com o pentecostalismo 
 carismático.

O maior perigo para as Igrejas cristãs conservadoras nos dias de hoje, não são os movimentos claramente reconhecidos como seitas, mas o pentecostalismo carismático.

O cristianismo chamado "evangélico" pode ser dividido em três movimentos respectivamente chamados de:
 liberalismo teológico, que é o movimento que claramente tem apostatado da fé e  está na extrema esquerda; fundamentalismo bíblico, que está na extrema direita e que representa a posição clara e fiel em relação a toda a santa doutrina bíblica; e o neo-evangelicalismo que em seu espírito conveniente, tenta ilusoriamente ficar no meio, mas sempre acaba caindo para o lado do liberalismo, isso, porque afirma crer nas doutrinas fundamentalistas bíblicas, mas não milita em favor das mesmas, nem se separa dos que não crêem nestas doutrinas, especialmente dos pentecostais carismáticos.

A história do fundamentalismo bíblico é dividida em quatro fases: na primeira fase o grande inimigo era o liberalismo teológico, que ameaçava destruir as Igrejas conservadoras através de um ataque a idéia a inspiração bíblica-a própria divindade de Cristo. os fundamentalistas bíblicos se reuniram para defender a fé bíblica, e criaram 14 fundamentos dos quais não podiam arredar. Muitos quiseram participar do movimento fundamentalista, por isso, houve pressão para que fosse reduzida a declaração de fé original, composta de 14 itens.

Depois de muita negociação foram cortados 9 pontos e a declaração de fé ficou reduzida a simples 
 5 pontos. Esse erro de afrouxar a declaração doutrinária, para que houvesse mais adesões, custou caro ao movimento fundamentalista. Com uma declaração de fé, geral demais, onde até pentecostais podiam concordar, muitas pessoas aderiram ao movimento fundamentalista sem ter o verdadeiro espírito do fundamentalismo bíblico, que é defender a doutrina bíblica sem se importar com o preço a ser pago, ou seja, o fundamentalista genuíno não age baseado em "conveniências" mas em fidelidade aos princípios eternos da palavra de Deus.

Após ter passado o entusiasmo com a primeira fase do movimento, começou a acontecer sérias discordâncias entre aqueles que era um realmente fundamentalistas bíblicos e aquele que entraram no movimento apenas por conveniências pessoais. Os verdadeiros fundamentalistas queriam fortalecer cada vez mais as posições fundamentalistas, especialmente a separação 
 Eclesiástica. Os pseudo-fundamentalistas ou fundamentalistas de conveniência, queriam adotar a fé fundamentalista mas ao mesmo tempo continuar dialogando e trabalhando com os liberais e pentecostais, com a finalidade de tirar suas dúvidas e convencê-los a se tornarem fundamentalistas e aproveitar algumas vantagens e conveniências que eles tinham a oferecer, tais como: congressos para pastores e líderes, seminários, cursos de pós-graduação, prática litúrgica liberal ou pentecostalizada, mudanismo através do afrouxamento nos usos e sãos costumes respaldados pela Bíblia, uso dos mesmos instrumentos e expedientes dos conjuntos de rock in roll, tais como bateria,  palmas, etc... Os pseudos fundamentalistas, dentro do movimento fundamentalista, queriam a todo custo, fazer uma diferenciação de valores entre o que era "doutrina" e o que era "prática", numa clara contradição com o princípio histórico dos genuínos fundamentalistas desde Abel até os dias de hoje, que a Bíblia é a nossa única regra, não só de , mas também deprática. Para o neo-evangélico, o uso de bateria e palmas, é uma questão de prática e não de doutrina. Esquecendo, que o uso da bateria viola o princípio bíblico (doutrina)  de culto racional e de não imitação do mundo.

A briga interna no meio do fundamentalismo acabou por rachar o movimento em dois grupos: um lado continuou se chamando "fundamentalista" e o outro, 
 adotou nome "Neo-evangélico". 

A parti da divisão, em sua segunda fase, o fundamentalismo passou a ter dois adversários, o que estava fora, o liberalismo teológico, e o que tinha saído de dentro do próprio o fundamentalismo, o neo-evangelicalismo.

O neo-evangelicalismo 
 é pior do que o liberalismo teológico, pois o neo-evangélico pode se passar por muito tempo como um fundamentalista, sem que seja facilmente detectado, isso porque em geral, os neo-evangélicos dizem crer em tudo que o fundamentalista crê, porém a sua declaração de fé fica só no discurso e na conversa, pois na primeira oportunidade que sua fé é testada ele cederá lugar a conveniência.




Uma Necessidade Urgente Da Igreja Do Senhor Jesus Nestes Últimos Dias
Judas 3-4

Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”




Que Deus Tenha misericórdia de nós,
Em Cristo Jesus, Nosso Senhor


Pr. José Laérton Alves Ferreira
Pastor da Igreja Batista Regular Emanuel
 
Rua Espanha, 74 – Vila Peri – 60.721-110 – Fortaleza-Ce
Fone: 0**.85.292-6204

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